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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

"Isso – ROCK - pode ser considerado um movimento cultural? Não há nada de cultural nisso- Rock-!”.

       No dia 04 de setembro, na audiência publica (Audiência essa que visava uma construção de políticas públicas para a juventude) que ocorreu na Câmera de vereadores de Macapá. A conselheira tutelar, REGIANE GURGEL/ PRESIDENTE CTM-ZS disse o seguinte: “Nada contra o movimento Liberdade ao Rock, o que tem acontecido em público, na Praça da Bandeira, onde já comparecemos e fotografamos, a qual nós protocolamos para a Vara da Infância da Criança e Juventude. Os ambulantes vedem bebidas alcoólicas para menores, também há consumo de drogas no local. Isso – ROCK - pode ser considerado um movimento cultural? Não há nada de cultural nisso- Rock-!”.
        Além de tal declaração ser no mínimo de uma idiotice sem igual, é de uma ignorância sem tamanho e de um despreparo absurdo. Como alguém sem o menor respaldo acadêmico pode querer determinar o que é cultural ou não? Desculpe-me senhora Conselheira, mas eu desconheço sua capacidade técnica para se quer abrir a boca e falar com precisão sobre cultura ou movimentos culturais.
        Se a senhora como conselheira tutelar diz que presenciou ambulantes vendendo bebidas alcoólicas para menores de idade e não fez nada, saiba que a senhora incorreu no crime de prevaricação que é como imagino que a senhora deva saber crime funcional praticado por funcionário público contra a Administração Pública. A prevaricação consiste em retardar, DEIXAR DE PRATICAR ou praticar indevidamente ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou SENTIMENTO PESSOAL. Vender bebidas alcoólicas para menores é crime e a senhora como Conselheira Tutelar deveria ter autuado o ambulante em flagrante e o levado detido, mas como vemos agora, a senhora não se preocupa em realizar seu trabalho e sim em usar o cargo eletivo de conselheiro tutelar apenas como um emprego de remuneração boa e fácil.
         E essa sim é uma cultura que devemos combater veementemente, a de pessoas despreparadas que por mero acaso do destino aliado a um sistema eleitoral controverso, ocupam cargos públicos. Não sei como alguém que em pleno século 21 ainda tenta atrelar o Rock ao uso de drogas e a corrupção de menores.
     Senhora conselheira uso aqui o que disse brilhantemente o blog www.tribosap.blogspot.com.br “gênero musical não vai definir se uma pessoa vai se drogar ou não, e muito menos o Movimento Liberdade ao Rock vai influenciar algum jovem, até por que eles nunca fizeram apologia a drogas, ao contrário. Nós temos que aprender a respeitar as pessoas, e aceita-las, o respeito acima de tudo e infelizmente não foi o que aconteceu ontem.”. A menos que a senhora quando ouve rock sai logo fumando maconha! Imagino que não... Rock não é pra todos, infelizmente!
          Senhora Regiane Gurgel, o Movimento Liberdade ao Rock Tucuju, que nasceu na Universidade Federal do Amapá há mais de cinco anos, visa à construção cultural independente desde Estado. Então, antes de criticar você deveria procurar informações mais precisas e não sair disparando idiotices achando que todos são imbecis.

           Senhora Regiane Gurgel preocupe-se com seu trabalho que é proteger nossa juventude e não fique rotulando nossos poucos jovens de mente aberta e coerente que ainda nos resta. Pois pra mim o Rock é um dos poucos gêneros musicais que além de divertir carrega consigo um caráter contestador e transformador através de suas letras e sua melodia rica, e que ainda tem que se preocupar com opiniões preconceituosas e retrógradas.