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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Quer saber a Verdade?

Cortarei o já tradicional prelúdio. Hoje acho desnecessário. Irei vociferar a verdade mais latente, sem é claro esquecer as parcas noções de polidez que minha anódina trajetória social me permitiu abonançar. Vamos à verdade!
NENHUMA RELIGIÃO RECEBE DINHEIRO DO SEU DEUS!
        Verdade...? Verdade é desejo, é um ponto obscuro, é relativo, é intocável, a verdade é odiada por quem não consegue chegar a ela, porque a verdade não pode ser tocada apenas por descontentamento ou simplesmente por curiosidade, nem pode, portanto, ficar sujeita aos nossos apetites mais pessoais.
        A materialização do signo verdade sempre foi escopo especulativo de todas as religiões, seitas, conspirações, algumas revoltas e parte da conformação social dos donos das poucas cabeças pensante deste pedaço molhado de rocha chamado Terra. Apesar de que toda realidade é uma verdade, talvez felizmente, nem toda verdade é uma realidade.
        A realidade é que em nome da religião, ou porque não dizer em nome de Deus, impérios de luxo e riqueza foram construídos. Para mim, normal, sendo ele Deus uma criação do próprio homem, inevitável o apreço pelo luxo, conforto e riqueza.
        Perdoem minha falta de respeito com a crítica de vocês, mas para mim, se você é religioso, se você, mesmo que não colabora financeiramente com alguma religião, mas a frequenta, você não pode criticar os que colaboram menos ainda os que arrecadam tal colaboração.
        Se o pastor manipula a fé de seu fiel para arrancar dinheiro, a fim de manter templos de luxo (vide o templo de Salomão recém-construído pelo Macedo) isso não o torna menos igual ao padre que construiu até um país em nome do mesmo Deus. Definir a verdade sobre qual maneira de se arrancar dinheiro em nome da fé é o mais verdadeiro pode ser complicado, gera certo ódio por parte dos que estão sendo "manipulados", "ignorantes", entre outros. Então... Por que fazê-lo?
        Nenhuma, Eu disse NENHUMA RELIGIÃO RECEBE DINHEIRO DO SEU DEUS! Não existe transferência online das contas celestiais para a conta do Pastor, do Padre, do Bispo, do Pai de Santo ou de algo que o valha, você que é temente aos castigos divinos deve se conscientizar que a fé que sai de você não é maior nem mais verdadeira da fé que sai do outro. 
        Mas se achar maior que o próximo com base somente em seus apetites intransferíveis é normal, afinal a busca pela verdade é egoísmo, pois o condenado em questão está tentando apenas se satisfazer, quem nunca sentiu o êxtase da vitória...
        Só lamento que com tanto dinheiro em jogo, o Estado brasileiro poderia fazer a devida arrecadação tributária, mas infelizmente não é assim. Eu até gostaria de exercitar meus neurônios sobre este assunto, mas quem sabe em uma próxima oportunidade, por enquanto fiquem com este bônus com os cumprimentos Porta dos Fundos...


quarta-feira, 16 de julho de 2014

CORRAM! Mais uma piadinha do facebook vem aí!

Ultimamente passo horas torcendo para que nada aconteça, torço para que tudo fique quietinho, bem taciturno no seu lugar. Vai que a vira modinha no facebook e começa a encher o nosso saco dias a fio. Não foi assim com a morte do Paul Walker, que rapidamente vimos um mundo que era apaixonado, por um ator de um filme só. Não foi assim com a morte do José Wilker? Não foi assim com o caso do Luiz “o cachorro”, aonde vimos um mundo de defensores dos direitos dos animais. E não foi assim com a copa do Mundo, onde de uma hora pra outra criamos uma geração de especialistas em futebol sem nunca terem dado um chute na vida.
       As redes sociais democratizaram a informação sim, o problema é que agora qualquer um que sabe cozinhar um macarrão instantâneo, logo vira um chefe de cozinha na rede social.  Não quero parecer repetitivo, mas sim, a burrice é sempre mais democrática. Hoje, há os que afirmam suas verdades, por mais absurdas que pareçam, e utilizam a rede social como fonte: “criaram a lei que legaliza a morte de cachorros, vamos denunciar... É verdade eu vi no facebook.”.
       O número de contas ativas cresce exponencialmente, e com isso a disputa de compartilhamentos, varias pessoas atuando e surgindo em uma rede de informações é muito saudável para um Estado democrático e para o acesso a informação, mas a desorganização e a falta de critério sobre o que divulgar, transformou a rede social em uma pasmaceira de absurdos. Ora, quantas vezes mataram o Roberto Bolaños (Chaves)? Quantas vezes os juristas sem formação tentaram reduzir a maioridade penal com abaixo assinado eletrônico? Quantas vezes criaram o vale prostituição? E as piadinhas que se multiplicam mais que coelho. Desculpem senhores da informação e da revolução de cadeira, mas entendo que o caminho não é bem esse.
       A luta selvagem por curtidas e compartilhamentos acaba por fazer um veículo de informação tão importante, dissecar incessantemente qualquer caso que tenha alguma repercussão, reduzindo a cobertura jornalística verdadeira e transformando a rede social a um bestiário minucioso de informações chulas, ao invés de uma cobertura sóbria que se paute pela relevância dos fatos e não pela exploração deles.
       Cada um faz o que quiser de sua rede social, isso é a democracia, e como tal, lhe garante até seu direito de ser idiota, mas cabe a nós procurar esquivar-nos da enxurrada de informações, muitas vezes supérflua de um mesmo assunto, saturando o tema, nos incomodando, invadindo as nossas casas, evidenciando a incapacidade de se discutir uma pauta séria e novamente, enchendo o nosso saco!
       2014, eu só lhe peço uma coisa: ACABE SILENCIOSAMENTE, POR FAVOR. Ah, se for pra morrer alguém que morra a surfistinha, quero ver esse povo tudo virar PUTA!

quarta-feira, 9 de julho de 2014

UMA PENUMBRA CINZENTA

Imagem meramente Ilustrativa
             A maioria de nós, ou nem tanto assim, Pelo menos uma parte, tenta ao longo da vida adquirir, acumular e mesmo produzir conhecimento. E eu, apesar de pouco eficiente nesses termos, sou um desses esforçados procuradores de conhecimento, e em minhas tortuosas experiências, percebi que o conhecimento é um ditador. Sim, à medida que nossa abrangência intelectual aumenta nosso desprezo pelos demais também aumenta. O conhecimento é um governante absolutista ou autocrático que assume solitariamente o poder sobre nossos atos. Quem nunca julgou a opinião alheia errônea simplesmente por não concordar, ou pior, não gostar. O conhecimento se investe de avassaladora autoridade sobre qualquer pessoa que ela julgue inferior.
                Mas essa postagem não é sobre o conhecimento, ou tão pouco sobre o poder que ela exerce nos despreparados, essa postagem é justamente sobre o oposto, é sobre burrice, ou melhor, é sobre um estado que pode ser temporário ou perpétuo, pode surgir repentinamente, ou aos poucos, podendo provocar diversos sentimentos, pode provocar risos, choros, raiva etc...
                E como o conhecimento é pra mim um ditador, a burrice é extremamente democrática, não faz distinção entre pobre e rico, não se preocupa em estar certa ou em impor sua presença. A burrice é simples e pra existir basta estar viva em alguém. E todo homem tem um pouquinho guardado pelo menos, guardado em algum lugar, eu guardo a minha em uma caixa, mas muitas vezes acho que ela mereceria um quarto com cadeado. E a minha problemática é que vez ou outra ela faz questão de sair, gosta de dar uma voltinha e exercer toda sua democracia. Mas sempre que percebo sua fuga me empertigo sob minha ditadora condição e a excluo novamente para o exílio de sua caixa.
               Eu sei que conhecimento, sabedoria, vicissitudes, burrice ou qualquer outro estereótipo que por ventura queiram questionar são conceitos difusos e contestáveis, contudo, eu torno a falar, o conhecimento é um ditador e como tal, pouco se importa com opiniões embasadas ou não. Agora é claro que o conhecimento como todo bom ditador comete equívocos, mas até mesmos os equívocos tem seu valor. A medida de nossa vida é embasada em erros. Esses equívocos não foram em vão, eles não vieram e se foram sem trazer à luz alguma utilidade, eles ajudam na construção ou na tentativa de se chegar à verdade, coisa que a burrice não faz.
                O que se aprende com os equívocos, é que eles são derrotas do conhecimento, e como tal devem ser lamentadas, porém não abandonadas. Não devemos jamais confundir derrota com fracasso nem vitórias com sucesso. Abandonar o derrotado por um equívoco é esquecer toda a soberania que o fez chegar aonde chegou.
                A burrice não consegue enxergar além das derrotas, e não percebe que é melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfos e glórias, mesmo expondo-se a derrota, do que formar fila com os pobres de conhecimento que nem gozam muito nem sofrem muito, porque vivem nessa penumbra cinzenta que não conhece vitória nem derrota.

                Não se perde o que nunca se teve, perder não significa ser inútil, nem tão pouco desnecessário, ser burro sim significa ser fracassado, e o fracasso não anda ao lado dos que sabem onde querem chegar. Então quando se sentir perdido depois de um equívoco, não tente achar a saída, porque para quem não sabe aonde vai qualquer caminho serve.