Li em algum lugar a frase que dizia:
“Por vezes devemos sacudir a arvore das amizades, para que caiam os podres.”
Isso que fez pensar em todos os amigos que fiz ao longo de 28 anos de Vida. E
acreditem quando digo que fiz as melhores amizades que se pode ter. Não quero
desqualificar a grandiosidade da amizade de algum de vocês, mas eu simplesmente
conheci o que existe de melhor na vida no que tange pessoas.
Nem sei ao certo como escolhi essas
amizades, mas provável que elas tenham me escolhido, e como tal elas próprias
se afastado. Hoje parece que ao sacudir da arvore, eu fui o que caiu. Gosto de
olha meus amigos nos olhos e lembro-me do olhar de todos, e a saudade é tão
grande que sinto minha alma partida. Lembro-me do brilho de cada um, a maioria
questionador e inquietante, a mim nunca interessou dinheiro, cor de pele, vida
sexual ou qualquer outro arquétipo possível. A mim interessava os lordes do
mundo do conhecimento, os que me faziam sentir meio louco, meio anjo, meio
santo. Dos mais próximos sempre procurei respostas, e confesso que sugava cada
gota de sagacidade, bondade, conhecimento que deles pudessem escorrer. E todos
tinham sempre uma característica em comum: Gênios! Sim absolutamente diferente
de tudo e de todos. Cada um claro com sua especificidade, e todos eram metade
besteira e metade genialidade.
Trouxeram sim muitas respostas e uma
porção de duvidas, suportaram minhas angustias e viram o que de pior existe em
mim. Se eu fizesse uma lista com os grandes amigos, seriam muitos nomes e isso
é prerrogativa de poucos. Uma vez um deles me disse: “A amizade quando sincera
o esquecimento é impossível”. Será? Outro me disse: “Amizade precisa de
manutenção”. Talvez! De certo é que mesmo sendo tão jovem (sim me julgo jovem
ainda) parece que por mais intensa e verdadeira que tenha sido minhas amizades,
elas foram em outra vida! Tudo ao mesmo tempo tão real e verdadeiro ao passo
que a cada dia torna-se distante e inalcançável.
Sei que em mim nada mudou, quando digo
nada me refiro ao amor que senti e ainda sinto por cada um deles. Pensei em
escrever o nome de cada um desses amigos, mas fiquei com medo de ser injusto
com alguém, e injustiça nunca foi característica minha nas amizades. Compreendo
que viver é ser livre, e ter amigos necessário, mas ter e ter que esquecer é
insuportável. “Acho que isso é de uma
musica, bem se for o autor que me desculpe ‘risos’”. Sei que com tanto amor
por meus amigos o que vou dizer agora vai parecer contraditório, que seja
então! Se eu pudesse voltar no tempo e refazer as amizades, não faria as mesmas.
Só para não ter que passar pela dor desta distancia que hoje vivo...
Torço como sempre torci pela
felicidade de todos, espero que onde quer que vocês estejam, que o mundo de
vocês seja menos vazio que o meu.