Eu pensei bastante antes de
escrever sobre o tema porque é notório o atual sentimento ambientalista que de repente
tomou conta dos desavisados repetidores da politica ilusória da economia verde,
e não me interessa cultivar uma crise com a trupe dos ambientalistas defensores
do futuro planetário. Enfim vamos às diatribes.
Salvar o planeta pra que? Ou
melhor, pra quem? Diminuir a queima de combustíveis fósseis? Produtos
orgânicos? Energia solar e eólica? Reposição dos bens utilizados? Reciclagem?
Tudo isso é uma falácia sem profundidade, um discurso epidérmico e frágil,
simples assim.
Um que tudo isso de
economia verde e preservação do planeta é um erro cognitivo, não se deve falar
em economia verde, ou em salvar o meio ambiente se tem gente morrendo de fome,
se tem gente morrendo só porque é preto e pobre. Que tal antes de tudo,
começarmos a querer salvar a vida humana? Acreditem quando digo, o planeta se
salva sozinho, sempre se salvou, e nada mais estúpido e incoerente pensar em preservar
um planeta que pode vir a ser inóspito para a raça humana daqui há umas
centenas de anos, quando você já vai estar morto.
Pensem em diminuir as desigualdades
hoje, pensem em salvar a vida humana hoje, aí se em um futuro apocalíptico
ambientóide nossa raça – a humana – deixar de existir, que maravilha, teremos
vivido bem e o planeta estará salvo do homem que tanto o destruiu.
Parece-me muito mais digno
coerente e racional pensar dessa maneira. A mania de querer sobrepujar o tempo
é uma praga, ninguém vai viver nesse planeta pra sempre, exceto o próprio
planeta. Nós somos apenas uma porção em todo esse ecossistema chamado Planeta
Terra, e querer achar que somos os salvadores de tudo é uma prepotência só
comparada a divisão que Portugal e Espanha fizeram com o Tordesilhas. Não
devemos colonizar o tempo, principalmente ancorando nosso discurso na mémé de
salvar o planeta, quando o que realmente queremos é salvar o próprio rabo.
Proponho a utilização ao
máximo dos recursos naturais para salvar nossas vidas e corrigir as desigualdades
hoje, e com o fim dessa cegueira chamada economia verde, e assim deixar a
gestão do futuro do planeta para o próprio futuro ou para o próprio planeta...