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segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

VAMOS SALVAR O PLANETA?

Eu pensei bastante antes de escrever sobre o tema porque é notório o atual sentimento ambientalista que de repente tomou conta dos desavisados repetidores da politica ilusória da economia verde, e não me interessa cultivar uma crise com a trupe dos ambientalistas defensores do futuro planetário. Enfim vamos às diatribes.

Salvar o planeta pra que? Ou melhor, pra quem? Diminuir a queima de combustíveis fósseis? Produtos orgânicos? Energia solar e eólica? Reposição dos bens utilizados? Reciclagem? Tudo isso é uma falácia sem profundidade, um discurso epidérmico e frágil, simples assim.

Um que tudo isso de economia verde e preservação do planeta é um erro cognitivo, não se deve falar em economia verde, ou em salvar o meio ambiente se tem gente morrendo de fome, se tem gente morrendo só porque é preto e pobre. Que tal antes de tudo, começarmos a querer salvar a vida humana? Acreditem quando digo, o planeta se salva sozinho, sempre se salvou, e nada mais estúpido e incoerente pensar em preservar um planeta que pode vir a ser inóspito para a raça humana daqui há umas centenas de anos, quando você já vai estar morto.

Pensem em diminuir as desigualdades hoje, pensem em salvar a vida humana hoje, aí se em um futuro apocalíptico ambientóide nossa raça – a humana – deixar de existir, que maravilha, teremos vivido bem e o planeta estará salvo do homem que tanto o destruiu.

Parece-me muito mais digno coerente e racional pensar dessa maneira. A mania de querer sobrepujar o tempo é uma praga, ninguém vai viver nesse planeta pra sempre, exceto o próprio planeta. Nós somos apenas uma porção em todo esse ecossistema chamado Planeta Terra, e querer achar que somos os salvadores de tudo é uma prepotência só comparada a divisão que Portugal e Espanha fizeram com o Tordesilhas. Não devemos colonizar o tempo, principalmente ancorando nosso discurso na mémé de salvar o planeta, quando o que realmente queremos é salvar o próprio rabo.


Proponho a utilização ao máximo dos recursos naturais para salvar nossas vidas e corrigir as desigualdades hoje, e com o fim dessa cegueira chamada economia verde, e assim deixar a gestão do futuro do planeta para o próprio futuro ou para o próprio planeta... 

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Ei! Professores! Deixem esses “alunos” em paz!"

Vejo muita incoerência naqueles professores de “universidades” que exigem que os seus discentes lecionem nas escolas, de modo, a relacionar os conteúdos com o cotidiano dos seus futuros alunos. Enquanto, em muitas aulas nas “universidades” esta exigência dos docentes está, extremamente, desvinculada ao cotidiano dos seus discentes, ou seja, aquilo que os “doutores/mestres” exigem dos acadêmicos é algo que eles (mesmos) não têm! Inclusive sobre conhecimento regional do estado do Amapá, pois muitos desses professores vieram de fora do Estado com pouquíssima noção da realidade dos estudantes daqui. A primeira questão talvez seja que muitos estudantes temem receber criticas de professores vistos como “carrascos”. Para tanto, o problema de muitos professores (quase todos) é que, em hipótese alguma, eles aceitam uma palavra critica de um “mero” acadêmico.

Por fim, todos somos estudantes. Só que é muito difícil se sentir inspirado por um “professor/educador” com título de “mestre/doutor” que não demonstra nenhuma flexibilidade com a realidade cotidiana dos seus discentes.

"Não precisamos de nenhuma educação. Não precisamos de controle mental. Chega de humor negro na sala de aula. Professores, deixem os “alunos” em paz. Ei! Professores! Deixem esses “alunos” em paz!"(Another Brick In The Wall - Pink Floyd)

Bom, até agora estou aprovado em “todas” as disciplinas. Estou apenas me posicionando contra a maneira de como ‘um certo alguém’ (que não tem facebook, mas enviei a esta pessoa essa mensagem) que está reprovando muitos discentes do curso de filosofia (quase 90% de cada turma). Eu estou aprovado na disciplina dessa pessoa, mas reconheço o esforço cotidiano desses acadêmicos reprovados (e sei que muitos desses reprovados nem gostam de mim). Nesse caso, para mim isto não importa, pois sei quando algo é injusto e justo. Apenas sugiro que haja, pelo menos, uma reavaliação de suas notas e supostas faltas. Por fim, cito uma reflexão do meu professor e mestre (demitido injustamente da UEAP) Murilo Seabra, quando ele diz que é preciso “dá um chute no saco na ideia de meritocracia escolar e acadêmica: o senso comum nos diz que quanto melhores as notas de um estudante, mais talentoso e esforçado ele é; mas uma reflexão mais cuidadosa pode nos convencer de que às vezes é o contrário que acontece: quanto melhores as notas de um estudante, quanto mais ele se sobressai de acordo com os critérios acadêmicos, menos interessado e comprometido ele é. Quem não se deixa ser triturado pelas engrenagens do sistema de maneira obediente e pacífica tende a ter problemas.”

Desculpe-me pela a audácia, por marcar vocês, professores nesse pôster! Tenho muito respeito e admiração por vocês. Só que por aqui é a maneira mais transparente de ser ouvido. Já que na UEAP um mero acadêmico “caboquinho” da cidade de Santana-Ap não tem voz para ir contra ao ‘rigor acadêmico’ e a falta de democracia que já cansei de me queixa referente à UEAP. Talvez, muitos acadêmicos tenham medo de se expor como eu, alguns por medo de ficarem reprovados (ou seja lá o que for). Muitos provavelmente não concordem com o escrevi, mas apenas estou falando/escrevendo o que eu penso.

"HEY! TEACHERS! LEAVE THEM KIDS ALONE!"

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

GRUPO POLITICAMENTE CORRETO?

Há algum tempo conheci por intermédio de um grande amigo, um autor que a primeira luz do conhecimento me pareceu muito prolixo e hermético. Meu orgulho mais latente me impediu de abandonar a leitura logo nas primeiras páginas, ainda bem, não demorou e fiquei impressionado com proposição na inversão da relação de desvendamento das aparências do saber, era um jogo complexo demais de imaginários simbólicos, quase um entrave inconsciente. Descobri depois que Bachelard foi um filósofo e poeta francês que estudou sucessivamente as ciências e a filosofia. Acho que essa mistura de poesia, literatura e filosofia é sempre algo surpreendente.
Na obra A psicanálise do fogo, Bachelard caracteriza algumas imagens simbólicas que são indicadas como complexos imaginários, chamados de “Complexo de Novalis” e o “Complexo de Empédocles”, os dois fazem relação ao elemento fogo, outro ponto de proficuidade conhecida quando o assunto é criar filosofia, que diga Heráclito e o devir.  
Se me permitem dizer, a tradição mais mecânica do pensamento filosófico brasileiro que sempre criou seus alicerces no privilégio de olhares dos seus titulados sobre os demais e meros mortais, fez sua escolha pela análise de cópias e interpretações repetidas da filosofia. Quando na verdade deveriam seguir o que GASTON BACHELARD brilhantemente indica, que é uma imaginação que se alimenta da vontade transformadora até mesmo da matéria. A imaginação imaterial é mais verdadeira filosoficamente, porque age em conformidade com a vontade inerente do homem de criar.
Hoje quando já estou iniciado na ciência jônica, me deparo com os defensores da filosofia politicamente correta, esse formalismo negligencia os aspectos materiais da vontade humana, corrobora com a repetição de filosofias epidérmicas da contemplação ociosa e subserviente. Nietzsche no preâmbulo de uma de suas obras mais brilhantes “o anticristo” diz que seu livro é destinado aos homens e mulheres mais raros e que não deve se misturar aos que se prestam somente a escutar, hoje todo de assalto sua frase e digo que a filosofia não deve se misturar aos subservientes de ouvidos em pé, e que a filosofia deve ser destinada aos mais raros sim.

E aos defensores da filosofia politicamente correta, poderia dizer que sinto pena, pois parece que vocês não tem talento filosófico nenhum, mas não vou dizer isso, só irei esperar que o fogo consumidor, transformador, rebelde e incerto da filosofia ainda possa tocar essas mentes rasas.