Ultimamente passo horas torcendo para que nada
aconteça, torço para que tudo fique quietinho, bem taciturno no seu lugar. Vai
que a vira modinha no facebook e começa a encher o nosso saco dias a fio. Não foi
assim com a morte do Paul Walker, que rapidamente vimos um mundo que era
apaixonado, por um ator de um filme só. Não foi assim com a morte do José
Wilker? Não foi assim com o caso do Luiz “o cachorro”, aonde vimos um mundo de defensores
dos direitos dos animais. E não foi assim com a copa do Mundo, onde de uma hora
pra outra criamos uma geração de especialistas em futebol sem nunca terem dado
um chute na vida.
As redes
sociais democratizaram a informação sim, o problema é que agora qualquer um que
sabe cozinhar um macarrão instantâneo, logo vira um chefe de cozinha na rede social. Não quero parecer repetitivo, mas sim, a
burrice é sempre mais democrática. Hoje, há os que afirmam suas verdades, por
mais absurdas que pareçam, e utilizam a rede social como fonte: “criaram a lei que legaliza a morte de
cachorros, vamos denunciar... É verdade eu vi no facebook.”.
O número
de contas ativas cresce exponencialmente, e com isso a disputa de
compartilhamentos, varias pessoas atuando e surgindo em uma rede de informações
é muito saudável para um Estado democrático e para o acesso a informação, mas a
desorganização e a falta de critério sobre o que divulgar, transformou a rede
social em uma pasmaceira de absurdos. Ora, quantas vezes mataram o Roberto
Bolaños (Chaves)? Quantas vezes os juristas sem formação tentaram reduzir a
maioridade penal com abaixo assinado eletrônico? Quantas vezes criaram o vale
prostituição? E as piadinhas que se multiplicam mais que coelho. Desculpem
senhores da informação e da revolução de cadeira, mas entendo que o caminho não
é bem esse.
A luta
selvagem por curtidas e compartilhamentos acaba por fazer um veículo de
informação tão importante, dissecar incessantemente qualquer caso que tenha
alguma repercussão, reduzindo a cobertura jornalística verdadeira e transformando
a rede social a um bestiário minucioso de informações chulas, ao invés de uma
cobertura sóbria que se paute pela relevância dos fatos e não pela exploração
deles.
Cada um faz o que quiser de sua rede social, isso é a democracia, e como tal, lhe garante até seu direito de ser idiota, mas cabe a nós procurar esquivar-nos da enxurrada de informações, muitas vezes supérflua de um mesmo assunto, saturando o tema, nos incomodando, invadindo as nossas casas, evidenciando a incapacidade de se discutir uma pauta séria e novamente, enchendo o nosso saco!
2014, eu só lhe peço uma coisa: ACABE
SILENCIOSAMENTE, POR FAVOR. Ah, se for pra morrer alguém que morra a
surfistinha, quero ver esse povo tudo virar PUTA!
Cada um faz o que quiser de sua rede social, isso é a democracia, e como tal, lhe garante até seu direito de ser idiota, mas cabe a nós procurar esquivar-nos da enxurrada de informações, muitas vezes supérflua de um mesmo assunto, saturando o tema, nos incomodando, invadindo as nossas casas, evidenciando a incapacidade de se discutir uma pauta séria e novamente, enchendo o nosso saco!
Só li verdades...
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