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quarta-feira, 16 de julho de 2014

CORRAM! Mais uma piadinha do facebook vem aí!

Ultimamente passo horas torcendo para que nada aconteça, torço para que tudo fique quietinho, bem taciturno no seu lugar. Vai que a vira modinha no facebook e começa a encher o nosso saco dias a fio. Não foi assim com a morte do Paul Walker, que rapidamente vimos um mundo que era apaixonado, por um ator de um filme só. Não foi assim com a morte do José Wilker? Não foi assim com o caso do Luiz “o cachorro”, aonde vimos um mundo de defensores dos direitos dos animais. E não foi assim com a copa do Mundo, onde de uma hora pra outra criamos uma geração de especialistas em futebol sem nunca terem dado um chute na vida.
       As redes sociais democratizaram a informação sim, o problema é que agora qualquer um que sabe cozinhar um macarrão instantâneo, logo vira um chefe de cozinha na rede social.  Não quero parecer repetitivo, mas sim, a burrice é sempre mais democrática. Hoje, há os que afirmam suas verdades, por mais absurdas que pareçam, e utilizam a rede social como fonte: “criaram a lei que legaliza a morte de cachorros, vamos denunciar... É verdade eu vi no facebook.”.
       O número de contas ativas cresce exponencialmente, e com isso a disputa de compartilhamentos, varias pessoas atuando e surgindo em uma rede de informações é muito saudável para um Estado democrático e para o acesso a informação, mas a desorganização e a falta de critério sobre o que divulgar, transformou a rede social em uma pasmaceira de absurdos. Ora, quantas vezes mataram o Roberto Bolaños (Chaves)? Quantas vezes os juristas sem formação tentaram reduzir a maioridade penal com abaixo assinado eletrônico? Quantas vezes criaram o vale prostituição? E as piadinhas que se multiplicam mais que coelho. Desculpem senhores da informação e da revolução de cadeira, mas entendo que o caminho não é bem esse.
       A luta selvagem por curtidas e compartilhamentos acaba por fazer um veículo de informação tão importante, dissecar incessantemente qualquer caso que tenha alguma repercussão, reduzindo a cobertura jornalística verdadeira e transformando a rede social a um bestiário minucioso de informações chulas, ao invés de uma cobertura sóbria que se paute pela relevância dos fatos e não pela exploração deles.
       Cada um faz o que quiser de sua rede social, isso é a democracia, e como tal, lhe garante até seu direito de ser idiota, mas cabe a nós procurar esquivar-nos da enxurrada de informações, muitas vezes supérflua de um mesmo assunto, saturando o tema, nos incomodando, invadindo as nossas casas, evidenciando a incapacidade de se discutir uma pauta séria e novamente, enchendo o nosso saco!
       2014, eu só lhe peço uma coisa: ACABE SILENCIOSAMENTE, POR FAVOR. Ah, se for pra morrer alguém que morra a surfistinha, quero ver esse povo tudo virar PUTA!

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