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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Ei! Professores! Deixem esses “alunos” em paz!"

Vejo muita incoerência naqueles professores de “universidades” que exigem que os seus discentes lecionem nas escolas, de modo, a relacionar os conteúdos com o cotidiano dos seus futuros alunos. Enquanto, em muitas aulas nas “universidades” esta exigência dos docentes está, extremamente, desvinculada ao cotidiano dos seus discentes, ou seja, aquilo que os “doutores/mestres” exigem dos acadêmicos é algo que eles (mesmos) não têm! Inclusive sobre conhecimento regional do estado do Amapá, pois muitos desses professores vieram de fora do Estado com pouquíssima noção da realidade dos estudantes daqui. A primeira questão talvez seja que muitos estudantes temem receber criticas de professores vistos como “carrascos”. Para tanto, o problema de muitos professores (quase todos) é que, em hipótese alguma, eles aceitam uma palavra critica de um “mero” acadêmico.

Por fim, todos somos estudantes. Só que é muito difícil se sentir inspirado por um “professor/educador” com título de “mestre/doutor” que não demonstra nenhuma flexibilidade com a realidade cotidiana dos seus discentes.

"Não precisamos de nenhuma educação. Não precisamos de controle mental. Chega de humor negro na sala de aula. Professores, deixem os “alunos” em paz. Ei! Professores! Deixem esses “alunos” em paz!"(Another Brick In The Wall - Pink Floyd)

Bom, até agora estou aprovado em “todas” as disciplinas. Estou apenas me posicionando contra a maneira de como ‘um certo alguém’ (que não tem facebook, mas enviei a esta pessoa essa mensagem) que está reprovando muitos discentes do curso de filosofia (quase 90% de cada turma). Eu estou aprovado na disciplina dessa pessoa, mas reconheço o esforço cotidiano desses acadêmicos reprovados (e sei que muitos desses reprovados nem gostam de mim). Nesse caso, para mim isto não importa, pois sei quando algo é injusto e justo. Apenas sugiro que haja, pelo menos, uma reavaliação de suas notas e supostas faltas. Por fim, cito uma reflexão do meu professor e mestre (demitido injustamente da UEAP) Murilo Seabra, quando ele diz que é preciso “dá um chute no saco na ideia de meritocracia escolar e acadêmica: o senso comum nos diz que quanto melhores as notas de um estudante, mais talentoso e esforçado ele é; mas uma reflexão mais cuidadosa pode nos convencer de que às vezes é o contrário que acontece: quanto melhores as notas de um estudante, quanto mais ele se sobressai de acordo com os critérios acadêmicos, menos interessado e comprometido ele é. Quem não se deixa ser triturado pelas engrenagens do sistema de maneira obediente e pacífica tende a ter problemas.”

Desculpe-me pela a audácia, por marcar vocês, professores nesse pôster! Tenho muito respeito e admiração por vocês. Só que por aqui é a maneira mais transparente de ser ouvido. Já que na UEAP um mero acadêmico “caboquinho” da cidade de Santana-Ap não tem voz para ir contra ao ‘rigor acadêmico’ e a falta de democracia que já cansei de me queixa referente à UEAP. Talvez, muitos acadêmicos tenham medo de se expor como eu, alguns por medo de ficarem reprovados (ou seja lá o que for). Muitos provavelmente não concordem com o escrevi, mas apenas estou falando/escrevendo o que eu penso.

"HEY! TEACHERS! LEAVE THEM KIDS ALONE!"

Um comentário:

  1. Obrigado, Fábio! Vou incluir no meu blog também o texto!
    Não esqueça de fazer a alteração que lhe falei, pois o Murilo foi QUASE DEMITIDO e não foi...
    Um abraço!

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