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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Ensaio sobre uma cegueira

Ensaio sobre uma cegueira Macapábense! 

“A civilização entra em colapso, todos enclausurados, não sabem o que acontece do lado de fora de uma quarentena que não tem fim. Uma historia que mostra que preconceitos e incompreensão se exacerbam quando o ser humano é colocado em situações-limite. A sociedade aos poucos se dissolve, assim como os princípios morais, e são levados a seguir princípios diferentes dos anteriores, outras regras, outras noções de vida e verdade, então logo como diria Foucault, também, outras relações de poder.” 

O Piauí passa por sua maior crise de abastecimento de Água potável, e o que vemos é a solidariedade humana posta a prova. Aqui em terras Macapabenses o liquido precioso que sumiu é a gasolina. E o exemplo que surge é o da incompreensão, da desordem do desrespeito ao bem estar do próximo, tudo em troca de alguns litros de ostentação e soberba humana. 

O lado de fora em questão é o eterno isolamento com o resto do país; ou o resto seriamos nós? Visão preconceituosa e real que o Brasil ainda tem dos filhos desta terra fértil e de imensos tesouros. Mas a cada dia percebemos que o tal futuro repleto de louro é uma utopia para nossa realidade. E nossa capacidade de regredir na cadeia evolutiva diante de qualquer crise corrobora para o preconceito Brasileiro! 

Nos devaneios mais impensáveis confesso que um dia sonhei com o momento que nos digladiaríamos por água ou por qualquer outra riqueza. Mas se submeter à vergonha, a imposição de órgão governamentais que sempre se julgaram acima das necessidades básicas do homem comum é o inicio do fim de um sistema racional de vida. 

Só quando formos capazes de nos despirmos de nossos interesses mesquinhos e individualistas encontraremos um lugar melhor de se viver, e que uma falta de gasolina seria encarado com a seriedade que merece, entretanto ninguém precisaria brigar, mentir, corromper ou ser corrompido. 

Por ideia de Ailton Costa

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