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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

EU NÃO CONCORDO!

Ultimamente tenho ouvido com maior frequência a seguinte afirmação: “É a maneira que você fala Fábio; fica um tom de arrogância e passa a impressão de desmerecer as outras opiniões” seguidamente tal afirmação é sempre imbricada de uma ideia dando conta de um suporto desrespeito de minha parte. Vamos aos fatos: “EU NÃO CONCORDO!”.
Discordar não é desrespeitar! E não existe aos olhos de quem é questionada uma maneira perfeitamente educada de se afirmar que sua crença ou opinião é uma tolice. Reitero, contudo que é tolice aos olhos de quem discorda não necessariamente uma tolice de fato. Sei que habitualmente tentar contestar tudo e todos pode parecer arrogante ou prepotente, mas o fato de maior preocupação deveria ser a da aceitação sempre. Os circuitos de consagração social tem sua multiplicação positiva na divergência e não na consonância.
Confesso que minha voluntariedade em discordar sempre, pode causar certa antipatia dos que convivem comigo, porém, nunca tive a menor intenção de estar absolutamente certo em minhas afirmações. Minha única obrigação é em ser razoavelmente claro sempre.
Consegui sim ao longo de uma anódina trajetória social incorporar ao meu ser as mínimas noções de polidez, agora a frase pode parecer piegas ou chargista, mas sua força eficaz é incontestável: “Sou responsável pelo que eu falo não pelo que você entende”. Desse modo, se me achar arrogante, prepotente ou mesmo desrespeitoso, o mínimo que irei exigir, é que você seja capaz de sustentar sua afirmação de maneira clara, coerente e minimamente inquestionável. Discursos vazios, epidérmicos e sofismático não irão me saciar.
Sou um homem de hábitos exóticos, não sou dado à passividade, nem a mesmice. Entendo que os confrontos tem um papel fundamental na construção e transformação do mundo. E Alguém pode sim se opor as minhas divisões e interpretações da humanidade. Recusar isso seria incoerência minha. Meu trabalho social é apenas de criar atalhos, para facilitar a compreensão de minhas relações tão grandes e diversas. E, além do mais, só estou agindo assim efetivamente, porque não consigo ver critérios mais bem elaborados do que os meus. O que tenho visto por aí, é um mundo firmado em cor, sexo, saldo bancário, circunferência abdominal, local de nascimento, crença religiosa, é a mesma história velha de sempre.
Irei sempre tentar mostrar a impossibilidade de pensar todos no mesmo sentido e direção, mas, sobretudo irei preserva o caráter relacional da noção de perspectiva seja ela qual for. As minhas críticas são mais uma tentativa de circunscrever uma dissonância de perspectivas diferentes sobre a ação moral, suficientemente explorada pelos intérpretes envolvidos no circuito social em questão. Só para depois, questionar tudo isso também.

“Sou assim, mesmo sem ser ninguém serei sempre eu mesmo.” 

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